No ano passado foi anunciada a crise dos alimentos antes da crise econômica. Chegamos a um ponto de nos preocuparmos com comida mais de 200 anos após Malthus alertar sobre o crescimento desproporcional da população e da produção de alimentos. Dizem que suas palavras influenciaram os pensamentos de Darwin, Marx e até dos nazistas. Depois de Malthus, o advento da Revolução verde permitiu produzir comida em escalas exponenciais. E isso acabou tendo um custo a vida humana e a diversidade que foi desalojada. Alguns meses atrás, o Lula disse que o preço dos alimentos estava alto não por causa da produção de biocombustíveis, mas porque os mais pobres estavam comendo mais (http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/biocombustiveis_alimentos/). Então se o início de uma escassez de alimentos é relacionada a alimentação dos mais pobres, talvez a pobreza não seja uma coisa tão ruim assim. Pobre planeta se toda a humanidade tivesse um padrão de vida norte-americano. E aí se volta aos pensamentos nazistas, marxistas e na escala da competição da vida, à Darwin. Aumentou-se a produção de alimentos, acima de tudo, à custas ambientais. Grandes áreas desmatadas para que sejam criadas meia dúzia de cabeças de gado. Sempre fui simpatizante ao vegetarianismo, não pela questão moral de matar um ser que sente dor, mas pelo custo energético que é requerido pra produzir o alimento de origem animal. Pode-se produzir toneladas de grãos em uma mesma área que é criada a mesma meia dúzia de cabeças de gado. Hoje acredito que a questão moral de matar um animal é relevante. Como dizem, "Deus escreve certo por linhas tortas". Se isso pode pesar na moral de grande parte da população, é porque tem um fundo racional, como a questão ecológica de Malthus. Como o beija-flor que tenta apagar o incêndio da floresta, farei minha parte.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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